Etnomatemática: Celebrando a Consciência Negra e o Legado de Ubiratan D’Ambrosio

Novembro é o mês da Consciência Negra, um período para refletirmos sobre as contribuições culturais e históricas que moldaram nossa sociedade. Dentro desse contexto, um campo fascinante que celebra a pluralidade do conhecimento humano é a Etnomatemática, um conceito revolucionário introduzido pelo matemático brasileiro Ubiratan D’Ambrosio.


A Origem da Etnomatemática

A etnomatemática surgiu como uma resposta à necessidade de valorizar a matemática desenvolvida em diferentes culturas ao longo da história. Para Ubiratan D’Ambrosio, a matemática é muito mais do que um conjunto de fórmulas universais; ela é um saber cultural que varia de acordo com os contextos sociais, linguísticos e históricos. Segundo ele, “A matemática é universal, mas suas expressões são culturais”.

D’Ambrosio mostrou que comunidades indígenas, africanas e outras desenvolvem seus próprios sistemas matemáticos, moldados por suas necessidades cotidianas. Esse olhar desafia os paradigmas tradicionais da matemática eurocêntrica e abre espaço para a inclusão de práticas e saberes matemáticos alternativos.


Etnomatemática e Consciência Negra

No mês da Consciência Negra, a etnomatemática nos lembra da riqueza cultural trazida pelos povos africanos, cuja influência se faz presente em várias expressões matemáticas. Alguns exemplos incluem:

  • Geometria nos padrões africanos: Intrincados desenhos geométricos em tecidos, arte e arquitetura são exemplos de sistemas matemáticos sofisticados.
  • Sistemas numéricos tradicionais: Povos africanos desenvolveram formas únicas de contagem e organização que refletem suas realidades sociais.
  • Matemática empírica: Conhecimentos práticos aplicados à agricultura, navegação e construção demonstram a universalidade e aplicabilidade da matemática.

Ao explorar essas contribuições, reconhecemos a importância de incluir narrativas culturais diversas no ensino da matemática, tornando-a mais inclusiva e conectada com a realidade dos estudantes.


Assista ao Programa Para Além dos Números

Se você quer saber mais sobre como a matemática pode integrar diferentes culturas, não perca o episódio 8 do Programa Para Além dos Números, conduzido pelo Prof. Dr. Guilherme Augusto Pianezzer.

Neste episódio especial, a professora Liza Macedo Lopes, mestre em ciências, discute o tema: “Como valorizar aspectos das diferentes culturas ao tratarmos de ciências e matemática?” A conversa mergulha em temas como diversidade no ensino e a importância de práticas culturais no aprendizado de matemática e ciências.


A Importância da Etnomatemática

A etnomatemática é uma ponte entre a matemática e a vida cotidiana, mostrando que o conhecimento matemático não é exclusivo de uma cultura ou região. Celebrar essa pluralidade é reconhecer que a matemática é uma linguagem universal moldada por experiências locais.

Neste Mês da Consciência Negra, refletimos sobre como o trabalho de Ubiratan D’Ambrosio e a etnomatemática nos ajudam a enxergar a matemática sob uma nova luz, valorizando as contribuições de povos e culturas que moldaram a história da humanidade.

Compartilhe este post e participe dessa conversa! Vamos juntos valorizar a matemática em toda sua diversidade cultural. 💡

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